O valor universal da água, no que diz respeito à sobrevivência da Humanidade e à importância que tem por exemplo para as questões energéticas e da regeneração do corpo, obriga a que cada um de nós deva tomar esse recurso como finito e o preserve em todas as formas de utilização. As cidades que o têm como recurso económico e identitário devem saber potenciá-lo como desenvolvimento, contribuindo assim para o desígnio universal. Este é um espaço de estas e de outras águas. De todas as águas.

2010-10-05

República Centenária

À entrada desta noite, de 4 para 5 de Outubro, antes de um jantar do Grupo de Trabalho da Comissão Municipal para as Comemorações do Centenário da República e do espectáculo (pouco) dançante na Alameda, a presença gratificante na sessão de encerramento dos encontros "O Alentejo e a I República", na Casa do Alentejo, como representante da Câmara Municipal de Lisboa, onde pude encontrar o cantautor Francisco Naia (http://www.myspace.com/francisconaia), meu primo paterno por parte da família Tonicher (Tonicha) e actual presidente do Centro de Estudos Documentais do Alentejo (CEDA).
Deixo aqui o meu pequeno discurso:

«Em nome da Câmara Municipal de Lisboa e da Comissão para as Comemorações Municipais do Centenário da República, da qual faço parte, cumprimento os ilustres companheiros de mesa e todos os demais presentes.
Este lugar, tal como o conhecemos, nasceu na República e tem tido uma importância relevante para a cidade de Lisboa.
Foi neste edifício que, a partir de 1918, António Rodrigues da Silva Júnior – arquitecto não diplomado, republicano e maçon – traçou este ambiente neo-mourisco destinado a um dos primeiros – senão mesmo o primeiro – casino de Lisboa, inaugurado no ano seguinte.
Estávamos à entrada dos loucos anos 20, e de tanta loucura que na capital reinava, talvez o povo ou melhor os seus representantes se esqueceram de cuidar dessa Primeira República – de tão efémera que foi.
Mas também efémera foi esta casa de jogo e divertimento, que terminou em 1928, já denominada “Monumental Club”.
Seguiu-se-lhe uma vida nova: “Grémio Alentejano” em 1932 e, posteriormente “Casa do Alentejo”, sendo desde sempre uma das mais dinâmicas casas regionais de Lisboa.
Tem sido um postal turístico de Lisboa. Todos os dias são muitos turistas que aqui vêm, admirar as suas formas, apreciar a sua gastronomia. E, como tal, não podemos esquecer que no próximo ano perfazem 100 anos sobre a criação, pela primeira vez em Portugal, de uma Repartição de Turismo na orgânica do Estado, já republicano.
E, há que lembrá-lo, que em 1911 quem passou a tutelar pela primeira vez o Turismo foi o Ministro do Fomento, Brito Camacho, hoje justamente homenageado.
Em nome da Câmara Municipal de Lisboa e da Comissão Municipal para as Comemorações do Centenário da República, felicito a organização desta sessão e convido todos os presentes a participarem nas realizações que, à volta da República, decorrem em Lisboa e noutras que se inaugurarão nesta cidade, que se quer de todos os portugueses e de todos os alentejanos em particular e, portanto, genuinamente republicana.»

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